Ferrugem-asiática preocupa produtores de soja

por | 10 abr 2019 | Notícias, ReimagineAgro | 0 Comentários

Para colher uma supersafra de soja, como a de 2016/17, os produtores brasileiros apostaram numa área recorde para semeadura. O potencial produtivo supera os 114 milhões de toneladas colhidas no ano passado, porém, para atingir as metas, o clima precisa colaborar. Outra vertente que preocupa os agricultores é a proliferação da ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi).

Diagnosticada no Brasil em 2001, a doença é considerada uma das principais na cultura e a mais severa, podendo causar prejuízos de até 90% na produtividade. O principal dano é a desfolha precoce, que impede a formação e o enchimento dos grãos. Devido à facilidade de disseminação do fungo pelo vento, a ferrugem-asiática ocorre praticamente em todas as regiões produtoras de soja no país.

Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de toda região do chamado MAPITOBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), são os principais locais. Inicialmente, a ferrugem se manifesta por pequenas pontuações de coloração mais escura que a do tecido foliar superior. Na parte inferior da folha, observam-se pequenas verrugas, chamadas de urédias, local no qual o fungo produz esporos (uredósporos). Posteriormente, a coloração passa de castanho-claro para escuro e o tecido foliar também fica alterado.

Além do vazio sanitário da soja, medida fitossanitária com o objetivo de combater a disseminação da ferrugem-asiática, os produtores devem ficar atentos sempre, monitorar suas lavouras e investir em tecnologias de controle da doença. “Para uma melhor eficiência de controle, os fungicidas protetores são as grandes armas do produtor rural. Eles apresentam ação multissítio, interferindo em diversos processos metabólicos nas células de um fungo, por isso apresentam menos risco de resistência”, explica Marco Cunha, gerente de Produtos Inseticidas e Fungicidas da Ourofino.

Conhecidos no mercado, os fungicidas protetores são ferramentas importantes na sanidade das culturas, uma vez que contribuem para o controle de doenças e, por isso, são fundamentais no manejo de resistência. Na prática, é difícil encontrar em um só produto todas as características desejáveis para uma ação eficiente, contudo, Cunha explica: “Em sua maioria, as soluções são escolhidas levando em consideração a eficácia, menor dano ambiental e também as questões econômicas”.

É importante ressaltar que o êxito de controle de um fungicida protetor não depende apenas de sua fungitoxicidade, mas também de outras variáveis como a adesividade, persistência e fundamentalmente da tecnologia de aplicação utilizada.

Dentre os fatores inerentes à formulação de extrema importância estão o tamanho da partícula e sua molhabilidade, características que podem interferir diretamente na performance do produto. “A capacidade de aderência de um fungicida protetor à superfície em que foi aplicado está diretamente ligada a sua resistência às intemperes, principalmente quando falamos de lavagem por água de chuva e também volatilização e hidrólise”, explica o especialista.

Resistência

No campo, foi constatado que o uso contínuo de moléculas sistêmicas e específicas levou ao aumento da resistência, portanto, restabelecer o equilíbrio com moléculas protetoras é fundamental. Segundo Cunha, enquanto os fungicidas de sítio específico (estrobilurina, triazóis, carboxamidas e benzimidazóis) atuam em apenas um fungo, o de ação Multissítio tem uma aplicação abrangente, que é a sua principal diferença.

Pablo Ruiz, que atua na área de Desenvolvimento de Mercado da Ourofino Agrociência, explica. “Não existem novos mecanismos de ação de fungicidas a serem lançados nos próximos anos para o controle da doença. Além disso, aumenta cada vez mais a pressão sobre os produtos existentes devido ao uso repetitivo”, diz.

Ourofino conta com soluções adaptadas ao Brasil

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), os princípios ativos mancozebe e clorotalonil destacam-se quando aplicados de forma sequencial, sendo os mais eficientes e recomendados para o manejo da soja, devido ao excelente desempenho e resultados consistentes para controle da ferrugem.

Atenta às tecnologias e soluções inovadoras, a Ourofino Agrociência possui em seu catálogo os dois principais e mais eficientes fungicidas protetores do mercado: Nillus, à base de clorotalonil 500 SC, e o Eleve, à base mancozebe 800 WP.

Ambos são multissítio, com formulações que possibilitam melhor fixação, recobrimento das plantas e maior período de controle. Além de reunir tradição, eficiência e segurança no manejo de doenças.

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