Quanto vale uma informação?

Em um mercado cada vez mais acirrado, empresas se estruturam para antecipar tendências e serem mais competitivas; área de Inteligência Competitiva ganha força.

Você já parou para pensar no volume de dados que recebemos e transmitimos diariamente? São informações transacionais, como aquelas que preenchemos para ter um cadastro em uma determinada empresa; informações comportamentais, como nossas atividades nos dias livres e/ou pesquisas na internet; até mesmo o nosso círculo de convivência. Com o advento das mídias digitais, passamos por uma nova revolução tecnológica, agora, na “Nuvem”, onde nada – e ninguém – passa sem ser notado.

No mundo empresarial, essa revolução não passa despercebida. Com o mercado cada vez mais acirrado em busca de clientes, é preciso atendê-los com eficiência. Cada movimento é uma informação disponibilizada que precisa ser capturada, analisada e disseminada pelas empresas, com objetivo de propor ações vantajosas na relação comercial com seus clientes, buscando os melhores resultados para ambos.

No agronegócio, mais especificamente no mercado de defensivos agrícolas, são muitas as variáveis. Além da necessidade das empresas em conhecer cada vez melhor seus clientes e desafios, outras variáveis como fusões e aquisições, concorrência, estudos sobre novas pragas e doenças, clima, análises de portfólio, tendências econômicas, entre outras, têm um impacto importante nas análises e tomada de decisões das empresas.

Com este cenário, o mundo corporativo vem investindo cada vez mais em profissionais que possuem competências para planejar, pesquisar, analisar, disseminar e até mesmo participar ativamente do processo decisório e de desenvolvimento de ações estratégicas. Estamos falando da área de Inteligência Competitiva (IC), que de acordo com o especialista na área Larry Kahaner, “é um programa sistemático de busca e análise da informação sobre atividades dos concorrentes, tendências gerais dos negócios, visando atingir as metas da empresa”.

De fato, a área de IC é responsável por antecipar as exigências do mercado, analisando todos os fatores que fazem parte do negócio. “Buscamos prever as tendências do mercado e entender como pensam nossos clientes, analisar ameaças e fraquezas que nos envolvem, para que assim possamos sugerir ações estratégicas que gerem valor para a companhia”, explica Luciano Galera, Diretor de Marketing, Pesquisa e Desenvolvimento da Ourofino Agrociência.

Ourofino Agrociência investe em sua área de Inteligência Competitiva

Com objetivo de suportar as principais partes interessadas no processo de decisão estratégica, com informações claras e objetivas, a Ourofino Agrociência vem se preparando internamente para um crescimento expressivo nos próximos anos. Dessa forma, segue investindo no desenvolvimento de pessoas e ferramentas de trabalho voltadas à área de Inteligência Competitiva.

Formada há apenas dois anos, a equipe de IC é composta atualmente por quatro profissionais que trabalham alinhados à estratégia corporativa da empresa e com foco nas principais culturas de atuação: cana-de-açúcar, soja, algodão e milho. “Quando estruturamos a área de IC buscamos o que havia de mais moderno em metodologias para o desenvolvimento de nossos trabalhos no Brasil e exterior, adaptando-as ao nosso modelo de negócio. Dessa forma, estamos preparados para dar suporte à companhia em seus desafios futuros”, explica Everton Molina Campos, Gerente de Inteligência Competitiva e Comunicação Integrada.
Com o modelo de trabalho desenvolvido, os estudos e análises realizados pela área estão divididos em quatro pilares: Inteligência de Mercado; Inteligência Comercial; Precificação; e Inteligência Geográfica. Dentro de cada um desses pilares são realizados estudos por meio de relatórios regulares que atendem a toda companhia, além de estudos para suportar demandas específicas. “Esses estudos embasam o processo decisório da empresa e, muitas vezes, somos chamados para implementar as estratégias resultantes desses estudos”, acrescenta Campos.

Exemplo prático do que vem sendo realizado pela área é o trabalho de geomarketing, que consiste no cruzamento de dados referentes ao tamanho de mercado, clientes e outras informações disponíveis sobre uma referência geográfica. Dessa forma, cria-se uma visão de maior amplitude, melhorando a tomada de decisão por território de atuação da companhia.

O objetivo da Ourofino Agrociência é que esses estudos suplantem o plano de acesso ao mercado traçado para os próximos anos, auxiliando no atingimento das metas traçadas. “Dentre os vários trabalhos realizados pela equipe de IC temos as análises de produtos e mercados, relatórios de commodities agrícolas e tendências de mercado, condição de safra e incidência de pragas e doenças, entre outros”, diz Felipe Isicawa, analista de IC.

Investimento em novas ferramentas de inteligência de mercado

Prova do foco e comprometimento da empresa com a área são os investimentos em ferramentas de trabalho. Uma delas, que envolve outras áreas como a Financeira, TI e Administrativo de Vendas, é a plataforma de business intelligence, que utiliza o software Tableau, considerado um dos melhores do mercado.

O Tableau possui ferramentas para facilitar a visualização e interpretação de dados de forma integrada em um único painel, facilitando assim o trabalho dos gestores. “A plataforma permite que, através de uma estrutura online atualizada diariamente, as informações estejam disponíveis em tempo real para tomada de decisão. Essa agilidade é importante pois atende do consultor comercial no campo até o presidente da empresa”, explica Natália Souza, analista de IC e uma das líderes do processo de implementação da ferramenta na companhia.

O Salesforce, software referência em soluções de gestão de relacionamento com clientes (CRM), é outra ferramenta muito utilizada pela área, tanto para coletar informações com a equipe de campo como para disponibilizar informações importantes para o dia a dia.

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