A cigarrinha e o seu controle

por | 16 nov 2018 | Mercado, Notícias | 0 Comentários

Com a dificuldade econômica vivida pelo setor sucroenergético, o bom manejo nos canaviais significa mais produtividade agrícola, além de incremento da atividade industrial. Exemplo disso é o cuidado com a cigarrinha-das-raízes, praga que se tornou relevante no Estado de São Paulo no final da década de 1990, quando ocorreu o aumento das áreas de colheita de cana crua. Na região, a situação se agravou ainda mais em 2007, quando o Protocolo Agroambiental do setor substituiu, gradativamente, a colheita manual pela mecanizada.

Mas, engana-se quem pensa que apenas o Estado de São Paulo é alvo da cigarrinha-das-raízes. Em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul também são registrados danos severos da praga, reduzindo a produtividade e a qualidade da matéria-prima.

Sem a queima, que controla naturalmente a população de várias pragas, entre elas, a cigarrinha-das-raízes, prevalece a cana crua, que tem a umidade como sua grande aliada. Com isso, o ambiente torna-se favorável para o desenvolvimento do inseto.

Os danos causados pela cigarrinha-das-raízes, que mede cerca de um centímetro, podem chegar a 60% de perda de produtividade. A porcentagem é maior em cana colhida no final da safra, quando a planta está mais suscetível ao ataque. É preciso ressaltar também os prejuízos na área industrial, uma vez que é registrado redução do teor de sacarose da cana.

Desenvolvimento

Tudo se inicia no período chuvoso, quando as fêmeas depositam seus ovos na base das touceiras de cana, em bainhas secas e em outros resíduos vegetais. Em alguns casos, isso acontece até mesmo sobre o solo, já nas proximidades dos colmos. Após a eclosão dos ovos, as ninfas se deslocam para as raízes e radicelas, na quais se fixam e começam a sugar a seiva, permanecendo neste ponto, envoltas por uma densa espuma produzida por elas mesmas.

O ciclo total desse inseto dura de 65 a 80 dias, sendo comum a ocorrência de três gerações anuais em épocas de chuvas. No período seco, os ovos entram em diapausa, permanecendo assim até que as condições de umidade do solo sejam novamente favoráveis. Já na fase adulta, a cigarrinha também causa danos ao injetar toxinas nas folhas, interferindo na capacidade de fotossíntese da planta.

Estudos indicavam a existência de uma única espécie de cigarrinha-das- raízes nos canaviais brasileiros, a Mahanarva fimbriolata. Contudo, de acordo com uma análise de amostras enviadas ao Centro de Cana IAC por produtores de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Paraná, existem outras duas, que convivem na maioria das áreas, muito parecidas e só podem ser identificadas por meio do exame da genitália dos machos.

Combate

Para reduzir os prejuízos causados pela cigarrinha é preciso adotar medidas de controle, como o químico e/ou biológico. O controle químico é considerado a principal ferramenta para este trabalho, já o biológico, geralmente, é aplicado em áreas com populações da praga ainda bastante baixas.

No manejo químico existem dois grupos de moléculas: neonicotinóides e fenilpirazóis. Nesse cenário, a Ourofino Agrociência conta com o inseticida de contato e ingestão que é o DiamanteBR®, à base de Imidacloprid. Trata-se de um produto com formulação líquida e Suspensão Concentrada (partículas menores), tornando-o mais homogêneo e de difícil decantação. É uma importante ferramenta para o controle eficiente dessa praga.

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