Novos caminhos em 2017

por | 1 dez 2016 | Mercado, Notícias | 0 Comentários

Especialmente no que se refere à história política do Brasil, 2016 foi um ano diferente. Após meses de protestos e indefinições políticas, o brasileiro, concorde ou não com a decisão, viu a então presidente da República, Dilma Rousseff, ser destituída do cargo após a conclusão de um processo de impeachment, em 31 de agosto. Em seu lugar, Michel Temer, que até então ocupara a cadeira de vice-presidente.

Independente do partido, ao brasileiro importa o retorno dos investimentos e dos empregos. Neste sentido, diversos ajustes estão sendo debatidos e instituídos, que visam, no médio e longo prazos, a retomada econômica do país.

Para a agência de classificação de risco Moody´s, as perspectivas do país estão melhorando, mas a recuperação será árdua e qualquer melhoria na qualidade de crédito vai levar tempo para se desenvolver. Gersan Zurita, vice-presidente sênior da agência, aponta que a estabilização das condições econômicas ajudará a conter o estresse financeiro para as empresas brasileiras e suportará melhoras modestas do desempenho corporativo. “No entanto, as condições restritas de liquidez, altas taxas de juros e desemprego continuarão a pesar na economia até pelo menos o final de 2017”, disse.

De acordo com o atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a confiança na economia brasileira tende a aumentar e há indicações de retorno do crescimento em 2017. Em uma entrevista ao programa A Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Meirelles afirmou que o crescimento econômico trará como “consequência natural e inevitável” a retomada do emprego. “Existem diversas indicações de que teremos, de fato, a economia crescendo no próximo ano”.

Blairo Maggi assume o Mapa

O agronegócio, pilar estratégico da economia brasileira e uma das esperanças de recuperação do país em tempos de crise, conta com um novo representante no comando do Ministério da Agricultura e do Abastecimento (Mapa).

Formado em Agronomia pela Universidade Federal do Paraná, Blairo Maggi, 59 anos, é natural de Torres (RS). Em 1973 fundou a empresa Sementes Maggi, que hoje se transformou no Grupo Amaggi, com atividades que incluem, além da produção de soja e sementes, operações portuárias, transporte fluvial e geração de energia elétrica.

Durante sua posse, Maggi apresentou as prioridades da pasta à Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado. Uma delas é a desburocratização e a ampliação do mercado externo. “Queremos um Brasil mais simples para quem produz e mais forte para competir”, destacou Blairo Maggi, reforçando o propósito do governo federal com 69 medidas destinadas a modernizar e desburocratizar normas e processos do Mapa.

Ele se refere ao Plano Agro+, que pretende reduzir gastos e dar agilidade ao setor agrícola revendo normas em vigor na gestão pública do agronegócio. O Executivo acredita que o setor deva arrecadar cerca de R$ 1 bilhão a mais por ano em razão do “ganho de eficiência” do agronegócio. O faturamento anual do setor no Brasil é de R$ 500 bilhões.

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