Inovação e seletividade em cana-planta (MPB) e cana-crua

por | 10 abr 2019 | Notícias, ReimagineAgro | 0 Comentários

A cana-de-açúcar destaca-se no cenário agrícola brasileiro pela extensão de área plantada e pela importância econômica. Nas últimas décadas, a complexidade do sistema produtivo tem sido ainda maior, visto as constantes mudanças no plantio, tratos culturais e até no manejo da colheita da cana.

Em cana-planta, destaca-se a prática da meiosi, ou seja, a integração com culturas anuais, como a soja e o amendoim, reduzindo os custos de implantação do canavial, melhorias no ambiente de produção, bem como aumentos de produtividade.

A meiosi consiste em plantar linhas mães de muda pré-brotada (MPB) isentas de doenças, pragas e plantas daninhas, para ter um canavial livre de falhas e de melhor qualidade, maior produtividade e longevidade do canavial futuro. Além disso, utiliza menor quantidade de mudas para o plantio, bem como reduz a estrutura operacional (plantadeiras, tratores e outros) com custo total inferior quando comparado ao plantio convencional.

Inicialmente, a meiosi deve ser realizada em setembro e outubro, com taxas de desdobra de 1:10; 1:20, podendo chegar em até 1:26. A seleção da variedade de cana deve ser em função do ambiente de produção, ciclo (precoce, médio ou tardio) e a adaptação ao plantio e à colheita mecanizada.

As mudas provenientes desse sistema deverão ser plantadas para o cultivo do restante da área no fim do período das águas (fevereiro/março a abril/maio). No entanto, para garantir os benefícios, é essencial realizar um bom planejamento, executar o manejo assertivo de plantas daninhas, utilizando herbicidas com formulações e doses de alta performance e maior seletividade à cana MPB, visto que a interferência das plantas daninhas pode reduzir além da longevidade do canavial (2 a 3 cortes) e acarretará em até 80% de redução na produtividade, aumentando os custos de produção em cerca de 20% para cana-planta e de 30% para cana soca.

Por outro lado, a complexidade do manejo de plantas daninhas em cana-planta (meiosi e MPB) e cana-crua deve ter atenção especial para que seja possível obter a sustentabilidade e competitividade do setor.

O manejo de plantas daninhas em cana-crua deve ser completamente diferente quando comparado ao utilizado em cana-planta ou cana queimada, devendo ser planejado para as épocas secas a úmidas, considerando o histórico da infestação de plantas daninhas e o comportamento dos herbicidas e de suas formulações em palha (5 a 20 ton. cana/ha), que pode reter boa parte dos herbicidas aplicados e reduzir assim a disponibilidade para controle. “A retenção expõe o herbicida à condições extremas de temperatura e luz, favorecendo os processos de perdas, como fotodegradação e volatilização, até que ocorram chuvas em grande intensidade e duração”, explica Eduardo Negrisoli, da TechField Assessoria e Consultoria Agrícola.

Quem também detalha melhor o trabalho é Caio Carbonari, professor da Unesp de Botucatu (SP). “A transposição do herbicida da palha para o solo, bem como a disponibilidade do produto no solo e os seus reflexos em resultados de longo período de controle, não dependem apenas da solubilidade, volatilidade ou de características intrínsecas do ingrediente ativo, mas também da sua inovação na formulação, como fotoprotetores, tolerância à seca e à redução de processos de perdas quando o herbicida ainda se encontra sobre a palha”.

Já Weber Valério, consultor em manejo de plantas daninhas da AgroAnalítica e Organize, diz que alguns herbicidas são menos dependentes das precipitações logo após a aplicação. “O sulfentrazone, por exemplo, é destaque por sua eficácia em função de sua tolerância à seca e boa performance em palha, uma vez que 80% da solução é lixiviada da palha para o solo com chuvas de 20 mm”, destaca. No entanto, Valério alerta que estudos recentes comprovam altas perdas do sulfentrazone, assim como de outros produtos, por fotodegradação em palha, reduzindo assim o período de controle e muitas vezes o resultado final. “Isso reduz a quantidade de herbicida que é lixiviado e transposto para o solo logo após a primeira chuva, podendo reduzir assim os resultados de controle, sendo muitas vezes necessária uma segunda aplicação”.

Solução Ourofino Agrociência

Para minimizar estes problemas, a Ourofino Agrociência apresenta o herbicida PonteiroBR, que traz um novo conceito do herbicida sulfentrazone para cana-de-açúcar. “A Ourofino está desenvolvendo vários projetos de colaboração técnico-científico conosco com foco no aumento da eficácia do herbicida, contribuindo para a sustentabilidade do manejo de plantas daninhas. O PonteiroBR é o primeiro fruto dessa parceria. Sua formulação inovadora incorpora tecnologias desenvolvidas especificamente para os sistemas de produção brasileiros”, afirma Edivaldo Velini, professor da Unesp de Botucatu (SP).

Com amplo espectro e longo período de controle para tiririca, PonteiroBR é ideal para o manejo de cordas-de-viola, gramíneas e folhas largas de difícil manejo. “A solução apresenta elevada tolerância à seca, possui fotoprotetores e agentes tensoativos em sua formulação, possibilitando maior transposição da palha para o solo com menor dependência da chuva após aplicação quando comparado à formulação convencional.

Para Luciano Galera, diretor de Marketing, Pesquisa e Desenvolvimento da Ourofino Agrociência, a vocação brasileira da empresa é comprovada com soluções como esta. “O PonteiroBR é adaptado à agricultura local, protege o potencial produtivo da cana, oferecendo ganho e rendimento operacional quando associado a outros herbicidas nas estratégias de manejo de plantas daninhas. Além de ser produzido com matéria prima de alta qualidade e pureza, em uma das mais modernas fábricas de defensivos no mundo, contribuindo assim com o desenvolvimento do agronegócio brasileiro”.

Dentro deste contexto, a Ourofino Agrociência possui um portfólio completo de herbicidas para atuar durante todo o ciclo da cultura, em 100% das fases. Para tanto, tem intensificado as pesquisas com universidades, institutos de pesquisas e grandes grupos de usinas, tudo para entender a interação dos herbicidas e suas formulações, além dos demais fatores como a variedade, a diversidade de ambientes de produção, a época de plantio e/ou do corte da cana-soca, as plantas daninhas presentes na área e a seletividade de cada herbicida. É dessa forma que a empresa pretende passar uma recomendação técnica assertiva e que contribua para que o canavial expresse 100% do seu potencial produtivo.

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